O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, aceitou o pedido da defesa do entregador Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo, e revogou a prisão temporária dele nesta quinta-feira, 05. Galo é um dos três suspeitos de atear fogo na estátua do bandeirante paulista Borba Gato , na zona sul de São Paulo, no dia 24 de julho - durante um protesto contra o governo Bolsonaro.
Após o caso ganhar destaque nas redes sociais, Galo se apresentou espontaneamente a uma delegacia, no dia 28 de julho, admitindo participação no protesto contra a estátua. Ele foi detido e estava preso desde então. Segundo o manifestante, a ideia era "abrir o debate" sobre o monumento e sua homenagem a alguém responsável por capturar e escravizar diversos negros e indígenas por todo o Brasil.
Em uma rede social, Galo escreveu: "Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres".
A defesa do suspeito considera que a prisão foi política, "fundada da criminalização de movimentos sociais" e, por isso, recorreram ao STJ depois do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negar o pedido de liberdade. No pedido de habeas corpus enviado ao STJ, a defesa destaca que o ativista não possui antecedentes criminais, não praticou ações violentas e colaborou com as investigações. A expectativa é que Galo seja solto ainda nesta quinta.
O momento em que os manifestantes ateiam fogo na estátua foi filmado e compartilhado nas redes sociais (clique para assistir). Segundo historiadores, muitos bandeirantes, como Borba Gato, dizimaram etnias e estupraram e traficaram mulheres indígenas.
O momento em que os manifestantes ateiam fogo na estátua foi filmado e compartilhado nas redes sociais (clique para assistir). Segundo historiadores, muitos bandeirantes, como Borba Gato, dizimaram etnias e estupraram e traficaram mulheres indígenas.
- Com informações do G1.