Na manhã desta quinta-feira (8), uma mulher que estava no drive-thru de vacinação contra Covid-19 do Memorial da América Latina , na Zona Oeste de São Paulo, foi impedida, por militares, de permanecer no local com um cartaz crítico ao presidente Jair Bolsonaro.
A comunicadora Roberta Rodrigues, de 39 anos, relatou ao G1 que dois militares do Exército que estavam no local disseram que ela não poderia falar de Bolsonaro enquanto estivesse dentro do Memorial.
O veículo de Roberta tinha um cartaz que mostrava o número de mortes por coronavírus ocorridas no Brasil e dizia que essas pessoas"Não tiveram chance, não desperdice a sua: vacine-se. Essas mortes poderiam ter sido evitadas. Não foram e só tem um culpado: Jair Bolsonaro. O SUS salva vidas, ele não".
Aos militares , a comunicadora questionou se a restrição era porque o cartaz falava mal do presidente, ou se apenas por citá-lo. "Eu perguntei se eu não poderia falar do Bolsonaro ou se eu não poderia falar mal do Bolsonaro. Aí, ele respondeu que eu não poderia falar do Bolsonaro. Ele disse que tinha ordens e eu perguntei de quem eram. Ele disse então que eram ordens do Comando do Exército", contou ao portal.
Ela aceitou que o cartaz fosse retirado. "Eu falei que então que ele podia retirar o cartaz. Não fui eu, foi ele quem retirou e me devolveu. Eu não entrei em mais discussões nem estendi a conversa porque, sinceramente, eu fiquei com medo", completou.