Ana Cristina Valle e Jair Bolsonaro
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Ana Cristina Valle e Jair Bolsonaro

A ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, chantageou o atual presidente durante a eleição de 2018 para usar o sobrenome "Bolsonaro" durante sua campanha para se eleger como deputada federal. A informação foi obtida pelo UOL por meio de gravações da irmã da  ex-mulher de Jair, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle.

Apesar de nunca ter adotado o sobrenome 'Bolsonaro' antes, Ana Cristina passou a usá-lo em 2018 para aumentar as hipóteses de se eleger a uma vaga no Congresso Nacional pelo Podemos. Ela obteve 4.555 votos e não foi eleita.

"A Cristina falou para mim. Se o Jair não deixar eu usar o nome dele por bem, eu vou usar por mal. Então quer dizer, ela fez chantagem com ele para poder usar o nome dele, né. Porque a menina lá, a secretária, disse que ela saiu do gabinete depois que conversou com ele, chorando", disse Andrea, em uma gravação obtida pelo UOL.

Andrea, ex-cunhada de Bolsonaro, contou sobre a chantagem e admitiu o esquema de rachadinhas em que estão envolvidos André Siqueira Valle, seu irmão mais novo, e dela mesma. Andrea recebia R$ 1 mil por mês para ser funcionária fantasma no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e devolvia outros R$ 7 mil. 

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) se pronunciou afirmando que as gravações são "clandestinas, feitas sem autorização da Justiça e nas quais é impossível identificar os interlocutores" e, por isso, não comentarão o conteúdo dos áudios.

Sobre Andrea Siqueira Valle, a defesa de Flávio afirma que "ela trabalhou na Alerj e cumpria sua jornada dentro das regras definidas pela Assembleia. Flávio Bolsonaro, nas suas atividades parlamentares, não tinha como função fiscalizar e orientar a forma como a servidora usufruía do seu salário".

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