A investigação dos crimes atribuídos a Lázaro Barbosa Sousa, morto na última segunda-feira após um confronto com policiais em Águas Lindas de Goiás, continua. Agentes da Polícia Civil de Goiás e do Distrito Federal querem saber se ele teve ajuda para matar quatro pessoas de uma mesma família. Há uma denúncia também sobre as mortes de três pessoas, no período anterior à chacina. Além disso, a ex-mulher do criminoso será indiciada.
A polícia investiga se pelo menos mais duas pessoas teriam participado das mortes de Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, a mulher dele, Cleonice Marques de Andrade, de 43,
e os filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15, de acordo com o "Correio Braziliense". O crime ocorreu no último dia 9, em Ceilândia, no DF.
Também ao "Correio", o delegado Cléber Martins, titular da 17ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), disse que a ex-mulher de Lázaro responderá por favorecimento pessoal. Testemunhas ouvidas pela polícia indicam que o criminoso chegou à casa dela no último sábado e não no domingo, data informada pela mulher à polícia.
"Ainda estamos analisando o fato para saber se a ex-sogra também responderá pelo crime, mas a princípio será só a ex-mulher", disse o delegado ao jornal.
Uma reportagem do "Metrópoles" indica que Lázaro pode ter cometido outros assassinatos antes da chacina da família Vidal. De acordo com o relato de uma testemunha ao portal de notícias, o criminoso pode ter matado três pessoas em propriedades rurais em Edilândia e Girassol, em Cocalzinho de Goiás.
Você viu?
A testemunha, um fazendeiro, afirmou que Lázaro matou a tiros o caseiro de sua propriedade e seu cunhado, em 27 de abril deste ano. Ele teria roubado deles uma espingarda e três celulares. Segundo o fazendeiro, seu funcionário chegou a reconhecer Lázaro por uma foto mostrada por policiais. O caseiro morreu no Hospital de Base.
Ainda de acordo com o relato da testemunha, Lázaro também teria matado Ricardo Ossamu Araki, conhecido como Japão. A vítima seria caseiro de uma fazenda em Girassol e teria levado um tiro no pescoço na madrugada de 5 de junho último.
"Ele vivia botando o terror por essas redondezas fazia anos. Antes eram ele e o irmão. Aí mataram o irmão e ele passou a agir sozinho. Ele cresceu ali, morou muito tempo, conhecia a mata como a palma da mão. Sabia como invadir as fazendas e fugir sem deixar rastro", contou o fazendeiro ao "Metrópoles".