Ministério da Saúde está envolvido em um possível esquema de propina em contrato de vacina contra a covid-19
Agência Brasil
Ministério da Saúde está envolvido em um possível esquema de propina em contrato de vacina contra a covid-19

A empresa Davati Medical Supply, que denunciou o esquema de propina de U$ 1 por cada dose de vacina da AstraZeneca , negociou oficialmente com o Ministério da Saúde a venda dos imuninzantes. As informações foram obtidas através de emails pelo jornal Folha de S.Paulo.

A negociação ocorreu entre o CEO e o representante da empresa, Herman Cardenas e Cristiano Alberto Carvalho, respectivamente, e o então diretor de Logística do Ministério, Roberto Ferreira Dias - exonerado na manhã desta quarta-feira (30) .

Dias, inclusive, envia uma mensagem sobre uma reunião que teria ocorrido entre as partes para tratar sobre a aquisição das doses e a propina inclusa. Em um dos emails, Herman realiza a oferta de 400 milhões de doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca e diz que está "no aguardo para ajudar a obter vacinas para seu país".

Cristiano, o representante da empresa, ressaltou em entrevista à Folha que "ele [Dias] me disse que não avançava dentro do ministério se a gente não compusesse com o grupo, que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo".


No dia 26 de fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde agendou uma reunião com a Davati Medical Supply e resaltou que havia "total interesse na aquisição das vacinas desde que atendidos todos os requisitos exigidos". O contrato não teria sido assinado pois a empresa se recusou a pagar a propina ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

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