Moradores de um prédio em Rio das Pedras , incluindo uma grávida, precisaram deixar o imóvel às pressas na madrugada de domingo após o teto do apartamento no segundo andar desabar. O edifício, irregular, passava por obras, com a construção de um quarto pavimento . Nesta segunda-feira, agentes da prefeitura fazem a demolição manual desse último andar do endereço, na Rua Vitória Régia, que foi totalmente interditado pela Defesa Civil.
No local, moravam nove pessoas, sendo três crianças . No segundo andar, vivia uma mulher grávida. O emboço do teto da sala do apartamento dela desabou por volta das 3h30, deixando à mostra armaduras de aço corroídas e faltando pedaços por causa de infiltrações . Por sorte, não havia ninguém no sofá da sala no momento.
De acordo com laudo da Defesa Civil, foi verificada perda da função estrutural, "que oferece risco potencial de desabamento". Técnicos, durante vistoria, também detectaram estufamento nos revestimentos de outros cômodos e desnível no piso da cozinha e na frente do prédio, sinalizando problemas de movimentação da base estrutural do edifício.
Subprefeita de Jacarepaguá
, Talita Galhardo contou que moradores, apavorados, chamaram aos bombeiros na madrugada. O endereço fica no mesmo quarteirão onde um prédio de quatro andares desabou na madrugada de 3 de junho, matando um homem e uma filha de dois anos.
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- É mais uma construção irregular , erguida sem os cálculos técnicos necessários. A estrutura, por ser frágil e estar oxidada, estourou o teto do segundo andar. Havia ainda o sobrepeso, porque havia a construção de mais um andar. A Defesa Civil chegou à conclusão que não tem como ninguém ficar no prédio, que foi desocupado - explica Talita, dizendo que há perigo na região em todas as edificações irregulares com 3 ou mais andares. - São obras sem engenheiro, sem estrutura para suportar o sobrepeso.
Ela disse que o proprietário do edifício alegou não ter recursos para fazer a reforma estrutural necessária:
- Ela só poderá fazer algo ali quando tiver um responsável técnico, que tem que ser engenheiro. Sem isso, ninguém pode voltar a morar lá, o prédio segue inabitável.