Fernando Henrique (PSDB) e Lula da Silva (PT)
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Fernando Henrique (PSDB) e Lula da Silva (PT)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu entrevista ao Canal Livre, que vai ao ar neste domingo, à meia-noite, na Band, e falou sobre o cenário político do país.

De acordo com a liderança do PSDB, faltou comando e sensibilidade em Jair Bolsonaro na gestão da pandemia. "Já fui presidente e sou cuidadoso para não jogar a culpa no presidente. O caso do coronavírus, obviamente, é um vírus. Algumas pessoas pegariam de todo jeito. Mas a falta de cuidado parece ser grande. Ele fala e depois pensa. E isso é ruim porque a palavra do presidente tem um valor simbólico muito grande", afirmou.

FHC ainda classificou o atraso da vacinação no Brasil como "trapalhada". "Vão acusá-lo de várias responsabilidades, e algumas ele tem. Mas não adianta tapar o sol com a peneira, tem que enfrentar. Sei que é difícil e, por isso, não jogo mais uma pá de cal em cima", completou.

Ainda na entrevista, FHC classificou Lula como não sendo alternativa à Bolsonaro e apenas “mais do mesmo”. "Lula é a repetição de uma fórmula que nós já conhecemos: o estado mais forte com muito apoio à iniciativa privada. Pode ser um caminho de crescimento, mas não é disso que o país precisa. Se eu fosse o Lula, não entraria em uma terceira candidatura", apontou o político, alegando que na última vez votou em branco, mas que em Bolsonaro "não vota".

Por fim, Fernando Henrique Cardoso falou sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nos casos envolvendo Lula e defendeu o comandante da Operação Lava Jato. "Ele pode ter errado, pode ter exagerado, mas vejo que agora está na moda criticar o Moro. Não vejo razão para isso. A Lava Jato teve um papel importante no combate à corrupção. Acho que ele fez uma coisa inconveniente, que foi deixar de ser juiz para ser ministro. Foi um erro dele", concluiu.

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