Funcionários da Supervia trabalhando após problemas na estação de Gramacho
Fabiano Rocha
Funcionários da Supervia trabalhando após problemas na estação de Gramacho


Desde que uma pane em trem na estação Vigário Geral, no ramal Saracuruna, paralisou 37 estações do ramal e das extensões Vila Inhomirim e Guapimirim na última segunda-feira,  os problemas na Superviam persistem pelo terceiro dia seguido. Na manhã desta quarta-feira, a circulação da extensão Guapimirim foi suspensa novamente. Segundo a empresa, a causa é uma ocorrência em um trem no trecho entre Saracuruna e Citrolândia.

Na terça-feira, a extensão Guapimirim também não teve a última viagem, de acordo com a concessionária por causa de uma ocorrência em uma máquina. No mesmo dia, por causa de uma vistoria nas proximidades da estação Campos Elíseos, o trecho entre as estações Gramacho e Saracuruna e as extensões Vila Inhomirim e Guapimirim também não circularam.

Além dos problemas técnicos, a Supervia enfrenta dificuldades financeiras para manter a operação do sistema ferroviário, com a queda de 50% da demanda de passageiros, e com perdas da ordem de R$ 474 milhões desde março de 2020, e uma dívida acumulada de R$ 1,2 bilhão. No último dia 7, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial.

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A maior redução na quantidade de passageiros ocorreu no ramal Belford Roxo, que recebeu 53,4% menos usuários de janeiro a maio deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. Na extensão Guapimirim, o sistema tem operado com uma média de 65 passageiros por dia.


Para tentar driblar os custos durante a pandemia de Covid-19, a empresa conta com o aumento da passagem, que vai passar de R$ 5 para R$5,90 no início de julho. A justificativa da Supervia para o aumento é de que a crise gerada pela pandemia "impôs alto custo operacional e de manutenção do sistema ferroviário ao mesmo tempo em que o número de passageiros caiu".

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