O presidente Jair Bolsonaro passou a restringir recursos federais - via emendas parlamentares - destinados a municípios ligados aos senadores do Amazonas, Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) . Informações foram obtidas pelo portal Uol e mostram que ao menos R$ 160 milhões deixaram de ser repassados às prefeituras.
De acordo com os parlamentares, a atitude pode ser configurada como uma retaliação a atuação deles durante a comissão parlamentar de inquérito. Na última quinta-feira (10), a CPI aprovou a quebra dos sigilos bancários de ex-membros do governo, como o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello .
"Desde dezembro que o interior do estado não recebe nenhum centavo para o custeio da saúde. Se não fosse o recurso que nós passamos no ano passado, o interior estaria vivendo um caos na saúde. Mas há seis meses o orçamento está congelado, não andou", explicou o senador Eduardo Braga.
Os recursos que deixaram de ser enviados afetam cidades do interior do Amazonas, que possuem precárias estruturas de saúde e de difícil acesso. Membros da CPI
questionam atitudes do governo federal.
Omar Aziz informou que "todas" as emendas não impositivas requisitadas por ele foram vetadas. "As emendas não são dos senadores, as emendas são do estado. Naquele corte não houve critério algum. De alguns estados se cortou tudo, de outros nada. É estranho esse tipo de comportamento".
A reportagem questionou o Palácio do Planalto a respeito dos cortes, mas não obteve resposta.