Ônibus queimado em Manaus
Reprodução/Leandro Guedes/Rede Amazônica
Ônibus queimado em Manaus

A prefeitura de Manaus suspendeu nesta segunda-feira a realização de aulas presenciais e o funcionamento de serviços administrativos e de saúde por conta de uma onda de ataques criminosos ocorridos na cidade e na região metropolitana desde a madrugada de domingo. Até o momento, 14 suspeitos foram presos, segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-AM) .

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que a operação da frota do transporte coletivo foi suspensa nesta manhã "por motivo de força maior".

O funcionamento de Unidades Básicas de Saúde, Clínicas da Família e outros centros de atendimento em saúde têm previsão de iniciar às 11h, incluindo o processo de vacinação contra a Covid-19. A administração municipal ressalta, porém, que "a confirmação dependerá dos próximos acontecimentos, a fim de que a gestão tenha tempo para definir programação estratégica, que garantam a segurança dos trabalhadores, do público e das vacinas".

O serviço de entrega de cestas básicas que seria realizado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) também foi suspenso e será reprogramado. O mesmo vale para o cadastramento de famílias atingidas pela cheia do Rio Negro . Atendimentos presenciais da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e da Secretaria Municipal de Administração, Planejamento e Gestão (Semad) também não serão realizados.

A SSP informou no início da noite de domingo que um comitê de crise foi instaurado para apurar as circunstâncias dos ataques e reforçou o policiamente na capital e nas demais cidades afetadas. Além da depredação de prédios, ao menos 16 veículos foram queimados, assim como um estabelecimento comercial e um transformador de energia elétrica, de acordo com o Centro de Operações Bombeiro Militar (Cobom). Ao todo, 14 ônibus e duas viaturas foram incendiadas. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi interceptada por criminosos.

Prefeito pede Exército nas ruas
No fim da noite, o prefeito da capital amazonense, David Almeida (Avante), defendeu que o Governo do Amazonas solicite junto ao governo federal a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que autoriza o uso das Forças Armadas em ações contra os criminosos . O prefeito informou que conversou com o comandante Militar da Amazônia, general Luís Carlos Gomes Mattos, e com o governador Wilson Lima, sobre quais medidas serão tomadas.

"Se estão fazendo isso durante a luz do dia, o que pode vir durante a noite, pode ser muito pior. Delegacias já estão sendo atacadas. Temos que invocar a GLO. Está mais do que na hora do Exército entrar nas ruas. Não se pode deixar que os marginais tomem conta. O Estado tem que aplicar mão firme, agir com rigor, para que atitudes como essa não aconteça mais na nossa cidade. (Eles) Foram longe demais. Um abuso extremo que a sociedade não compactua, não aceita. Eu, como prefeito, não vou aceitar isso", enfatizou em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa.

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