Em um capítulo envolvendo o nome de José David Breviglieri Xavier a polêmica agora é sobre sua exoneração da Prefeitura de Valinhos . Nomeado em 20 de janeiro, pela prefeita Capitã Lucimara (PSD), seu afastamento foi publicado na edição de sexta-feira, no Diário Oficial. Ele exercia o cargo de secretário de Administração e não durou nem seis meses no poder público.
Segundo a publicação no Diário Oficial
, a exoneração foi feita a pedido do secretário. O DIA
procurou a Prefeitura de Valinhos, mas até o momento desta publicação não houve resposta sobre a saída do ex-secretário. O espaço está aberto para o posicionamento.
A entrada de José David Breviglieri Xavier na Prefeitura de Valinhos, que também é conhecido como João de Deus do Parque, foi motivo de espanto para políticos e moradores da cidade, já que seu nome está envolvido em alguns escândalos, como uma série de denúncias envolvendo assédio moral
.
Os denunciantes são funcionários e ex-colaboradores de um parque de diversões onde Xavier atuava como presidente, até ser afastado. Em uma série de reportagens publicada pelo DIA
, José David Xavier colocava os empregados do parque em situações humilhantes e constrangedoras (veja vídeo abaixo), episódios que se repetiam com bastante frequência. Ele sempre era visto andando com capangas.
Relatos sobre os assédios foram registrados pelo Sindiversão (Sindicato dos Empregados e Trabalhadores nas Empresas de Entretenimento, Casas de Diversões e Similares dos Municípios de Jundiaí e Região) e pelo Sated (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo).
Em um dos depoimentos, um funcionário identificado como J.Y diz ter sido golpeado com um soco no estômago desferido por Xavier. O motivo da agressão foi o atraso de J.Y. para chegar ao local onde seriam captadas imagens de um evento. Em um vídeo gravado na ocasião é possível ouvir o ex-presidente do parque gritando e xingando o funcionário.
Também há relatos como o de uma nutricionista que pediu demissão após ser destratada, assim como dois gerentes, chamados de "viadinho" e "bosta". Outro depoimento foi dado por uma caixa que trabalhou em um evento realizado no parque. Ela conta que sofreu assédio moral ao dizer a Xavier que não poderia aceitar cartão, pois a máquina não estava funcionando.
Xavier, acompanhado de seguranças, gritou contra a caixa e mandou ela colocar as mãos para cima, além de ter pedido que assessores filmassem a cena. Segundo a mulher, ele desconfiava que as caixas faziam "vendas frias". Ao fim, todo o dinheiro foi contado e o valor bateu com o que havia sido vendido.