Em entrevista coletiva dada hoje (14), sobre a investigação do atentado em da cidade de Saudades, em Santa Catarina, o delegado do caso revelou que foram covardes os motivos que teriam levado o jovem de 18 anos a assassinar três bebês e duas professoras, além de deixar outro bebê ferido.
Jerônimo Marçal Ferreira, o delegado, disse que o autor da chacina deixou claro que escolheu as vítimas por conta da fragilidade . Segundo a investigação, o alvo inicial do assassino eram pessoas que estudaram com ele ainda na época da escola, e por quem ele nutre um sentimento de raiva.
No entanto, o jovem não conseguiu obter armas de fogo . Com armas brancas não teria coragem de enfrentar pessoas da mesma faixa etária e resolver ter como vítimas alvos mais vulneráveis .
“Como ele não conseguiu [a arma de fogo], ele achou que não daria conta de enfrentar esses rapazes com arma branca. Isso mostra que, o ato dele por si só, o que ele fez, já seria covarde porque foi contra crianças e mulheres que não tinham condições de se defender. Mas isso mostra que foi um ato ainda mais covarde”, diz Ferreira.
A definição da creche para a chacina foi feita no dia em que chegaram as armas. O autor comprou pela internet uma espécie de espada ou adaga. Elas chegaram pelos Correios cinco dias antes do crime e segundo o delegado, a família chegou a ter contato com elas mas não sabia do que se tratava.
Ainda de acordo com as informações reveladas por Ferreira, familiares e amigos não perceberam as intenções do jovem nos dias que antecederam o atentado. O delegado revelou também que o autor afirmou em depoimento que estava arrependido , o que não convenceu os policiais.