Imagens de uma câmera de segurança de um estacionamento no bairro de Campo Grande, em Santos, litoral paulista, mostram o momento em que um manobrista é agredido por um cliente na última quarta-feira, 05. Em entrevista ao G1, o trabalhador, que levou um soco e um chute, disse que a agressão ocorreu após pedir para o homem colocar a máscara de proteção contra a Covid-19
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Gerson Rocha, 29, disse que o cliente chegou ao estacionamento, parou o carro e saiu dele sem máscara no rosto. Em seguida, o homem foi falar com o manobrista para buscar o ticket.
"Eu solicitei para colocar a máscara, mas ele se recusou, saiu andando em direção à rua e retornou reforçando o pedido do ticket, ainda sem usá-la. Reforcei que, assim que ele colocasse a máscara, eu forneceria, então, ele tentou retirar à força o ticket da minha mão, com a máscara toda torta, e em sequência desferiu um soco, seguido de um chute. Aí, saiu do estabelecimento falando palavras de baixo calão. Isso tudo em menos de um minuto", relatou o manobrista. Confira as imagens:
O manobrista disse que não soube o que fazer no momento da agressão. "Ele ainda me chamou de folgado quando pedi que ele usasse a máscara. Eu fiquei sem reação, porque ninguém espera que a pessoa vá partir para a agressão, ainda mais um cliente, com uma postura errada, se achar no direito disso, quando o que o pedi foi o mínimo: que usasse um equipamento de prevenção. Assim que informei um dos sócios do estacionamento sobre o ocorrido, ele ficou incrédulo", afirma Rocha.
Em outros momentos, o funcionário do estacionamento já precisou pedir que clientes colocassem a máscara, mas nunca havia recebido uma agressão como resposta. "Eu sei que é uma chatice usar máscara, mas não podemos pensar só em nós, e sim, em nossos familiares e amigos, que moram e vivem perto de nós, ainda mais ali no estacionamento, que é ao lado de um hospital", disse ao G1.
"Diante de tanta informação e de tantos fatos que nos entristecem todos os dias, vemos que ainda tem pessoas que não usam máscara, e que, além disso, usam da violência para atacar pessoas que estão fazendo o correto", afirmou um dos proprietários do estacionamento, Antônio Armbrust, de 41 anos.
"Vamos dar todo o amparo que ele precisa para tomar todas as providências que estejam de acordo com a lei. Não dá mais para admitir esse tipo de coisa, é um desrespeito a mim, ao funcionário e à toda a sociedade, pelo momento que vivemos. Há milhares de mortos devido à pandemia, agir assim é injustificável", completa Armbrust.
Um boletim de ocorrência (B.O.) foi registrado na Delegacia Eletrônica, pela internet. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que boletim eletrônico está em análise.