Penitenciária do Tremembé é invadida por 'ninjas' com armas, celulares e drogas
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Penitenciária do Tremembé é invadida por 'ninjas' com armas, celulares e drogas

O Centro de Progressão Penitenciária Edgard Magalhães Noronha passa por uma invasão de 'ninjas' desde setembro de 2020. Este apelido é dado para aqueles que arremessam celulares, drogas e armas para dentro do sistema prisional, como forma de abastecer os detentos . As informações são do jornalista Josmar Jozino .

A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim-9), de São José dos Campos, argumenta que "as ocorrências [de arremessos de objetos] se tornaram corriqueiras e fazem parte do cotidiano da unidade prisional, inclusive com disparos de armas de fogo".

Segundo informações oficiais, 187 aparelhos celulares forma apreendidos por agentes penitenciários durante a saída dos prisioneiros desde início de 2021.

Com isso, a magistrada avalia que a situação tem se intensificando e isso compromete "manutenção da segurança e disciplina no interior do presídio, além de causar insatisfação no âmbito de quadro de funcionários".

Em 16 de janeiro, um 'ninja' tentava entregar uma encomenda aos presidiários junto de outros cinco comparsas. Eles pularam o alambrado da unidade prisional e, com eles, havia uma mochila com 25 aparelhos celulares, 34 carregadores, dois chips de telefone e uma arma. A mala, porém, enroscou no arame.

Assim que um agente penitenciário flagrou a tentativa de invasão, os criminosos atiraram em direção ao funcionário - qe escapou ileso. Após ser preso, o 'ninja' revelou que receberia R$2.000,00 para realizar a 'missão'.

Sueli Zeraik atribui as tentativas de invasão à falta de servidores e de agentes penitenciários na segurança das unidades.


Segundo relatos de funcionários ouvidos pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP), a penitenciária em questão - de Tremembé - abrigava 3.000 presos e, em muitas ocasiões, apenas um agente penitenciário tinha a função de averiguar "três ou quatro" pavilhões com cerca de 150 prisioneiros em cada um deles.

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