O então governador interino do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), tomou posse em definitivo neste sábado (01 ), após a confirmação do impeachment de Wilson Witzel na sexta-feira (30) . Cantor gospel e advogado, Castro estava no poder do estado desde setembro de 2020, quando Witzel foi afastado por ser investigado pela operação Placebo .
Castro foi eleito vice-governador na chapa de Wilson Witzel em 2018, contra o então ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Antes, o novo governador atuou no vereador entre 2016 e 2018, além de ter concorrido as eleições de 2012. Situação diferente de Witzel, que concorreu a sua primeira eleição em 2018.
Wilson Witzel e Cláudio Castro foram trabalharam juntos no Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e no Detran. Quando vereador, Castro foi um dos interlocutores para aprovar o projeto que deu o título de cidadão honorário à Witzel.
Durante o curto mandato provisório, Cláudio Castro tomou ações diferentes à de Wilson Witzel. Se aproximou da família do presidente Jair Bolsonaro, de quem Witzel se afastou após divergências políticas. O atual governador do Rio ainda se aproxima de Bolsonaro quanto as ideologias, principalmente relacionadas as medidas contra à Covid-19 .
Desde o início da pandemia, Castro se mostrou contra as políticas de lockdown , protagonizando brigas com prefeitos, inclusive Eduardo Paes, um dos desafetos de Witzel. Após pressões de deputados e o crescimento de casos no estado, o novo governador precisou adotar medidas de restrição, no entanto, mesmo com decretos assinados por ele mesmo, Castro deu uma festa de aniversário, promoveu inaugurações e aglomerações em algumas oportunidades.
Assim como Witzel, Cláudio Castro é investigado pela Polícia Federal por participação em esquema de corrupção. Foi um dos alvos da Operação Catarata que apurava o desvio de R$ 66 milhões em contratos de assistência social no governo do Rio de Janeiro e da Prefeitura. Entre os presos está seu ex-assessor parlamentar na Câmara de Vereadores do Rio, Marcus Vinícius Azevedo.
O atual governador do estado foi citado em delação premiada de Bruno Selem. Segundo o investigado, Castro recebeu R$ 100 mil em propina paga por Flávio Chadud, dono da Serlog. Cláudio Castro sempre negou a participação no esquema e processou o delator.