No Rio de Janeiro , está marcado para esta quinta-feira (29), a conclusão do inquérito que investiga a morte do menino Henry Borel , de quatro anos. Segundo informações de fontes da polícia, a mãe do menino Henry, não prestará o segundo depoimento, pois os investigadores acreditam ter juntado provas concretas contra ela, que através de sua equipe de defesa, tenta ser ouvida mais uma vez. As informações foram apuradas pelo Extra.
A carta de 29 páginas, escrita por Monique e entregue a 16ª DP (Barra da Tijuca) foi considerada pelos policiais envolvidos no caso como uma forma de pressão. Com o texto, é esperado que as autoridades liberam Monique para ser ouvida novamente. Porém, tal ação foi considerada pelos investigadores como uma estratégia para colocar do Dr. Jairinho como único responsável pelo crime.
Por meio de nota, a defesa da professora conta que afirmou na delegacia a importância de sua cliente ser ouvida mais uma vez. Para eles, o inquérito da morte de Henry não pode ser concluído com “contradições internas”. Segundo fontes, falta um laudo pericial para que o caso seja finalizado.
“Se existiram várias novas audições de pessoas que já tinham prestado declarações e alteraram seus depoimentos, maior razão ainda deveria ter a Autoridade Policial para ouvir novamente Monique”, aponta trecho da nota da defesa de Monique, assinada pelos advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad.
Na carta, que foi relevada pelo “Fantástico”, da Rede Globo, a professora conta uma nova versão sobre madrugada do dia 8 de março, quando seu filho morreu . Em seu primeiro depoimento, havia dito que encontrou seu filho no chão de um quarto e no momento, Jairinho estava dormindo.
Agora ela alega que vereador a dopou e diz que ele a acordou, falando que seu filho não respondia a estímulos e “respirava muito mal”. Monique conta que foi ameaçada e agredida pelo seu marido, por isso mentiu, sob orientação dele em seu primeiro esclarecimento para as autoridades. Na carta, ela compartilha momento de violência e crises de ciúme de Jairinho e reforça que só aguentou tratamento, pois queria garantir um futuro confortável para Henry.
Advogado de defesa de Jairinho, Braz Sant’Anna, disse que carta não passa de uma “peça de ficção”. "A carta não passa de uma peça de ficção, que não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos. Não há realidade no relato dela”, declarou o advogado.