Após uma reunião entre o oficialato e a alta cúpula do governo, confirmou-se a mudança nos comandos das Forças Armadas . É a primeira vez na história que ocorre uma troca simultânea no comando da pasta da Defesa , do Exército , da Marinha e da Aeronáutica .
Informações atestam que a troca completa
foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro
. Confira a nota do Ministério da Defesa
:
A renúncia
coletiva, em apoio
ao desligamento de Fernando Azevedo e Silva do governo, aconteceria
na última segunda-feira (29). O general Braga Netto
, recém nomeado ministro
da Defesa, pediu para que uma reunião
fosse realizada nesta terça. O resultado, porém, foi o mesmo
.
Bastidores
Informações do jornal Estadão
relatam que o encontro foi tenso
e com momentos que beiraram a insubordinação
do almirante Ilques Barbosa, da Marinha
. Edson Pujol deixou claro
a Braga Netto que as Forças Armadas " não
dariam um passo que possa contrariar
a Constituição" ou que atestasse
contra a autonomia entre os poderes
- Legislativo, Executivo e Judiciário.
Requisitos básicos
A nomeação do general Braga Netto como ministro de Defesa impacta diretamente na escolha dos novos comandantes das Forças Armadas. Isso porque, de acordo com a hierarquia militar, aquele que 'dá as ordens' deve ser mais velho que o subordinado . Pujol e Ilques possuem 66 anos. Bermudez, 65 . Braga Netto, 64 . Ou seja, o novo ministro é mais novo que seus comandados . Esse foi mais um motivo adicional para a troca dos oficialatos.
A partir deste momento, as cúpulas
das Forças Armadas precisam definir as chamadas " listas tríplices
" para que o presidente escolha os novos comandantes. Na Marinha, há sete almirantes
postulantes ao cargo. No Exército, são 17 generais
. Na Aeronáutica, outros sete brigadeiros
estão elegíveis.
Tradicionalmente, os mais velhos
são os escolhidos para compor a 'Lista Tríplice'. Impeditivo
, porém, será o teto
máximo de 63 anos, já que o novo ministro
da Defesa, general Braga Netto
, possui 64 anos de idade.