O ex-ministro e governador do Ceará
, Ciro Gomes
(PDT), virou alvo da Polícia Federal (PF) após crítica ao presidente Bolsonaro
(sem partido) durante entrevista. O pedido para abertura do inquérito foi feito pelo próprio presidente, sob alegação de "crime contra a honra"
. As informações são do Estadão
.
O ofício foi assinado pelo presidente por meio da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência e, posteriormente, conduzido por André Mendonça, ministro da Justiça.
O inquérito apura uma entrevista de Ciro à Rádio Tupinambá, de Sobral (CE), em novembro de 2020. Na ocasião, o pedetista disse que a população, ao não apoiar candidatos bolsonaristas nas eleições municipais, mostrava “repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade , à sua incapacidade de administrar a economia do País e seu desrespeito à saúde pública ”.
Bolsonaro também foi chamado de ladrão pelo ex-governador, quando este citou o caso das "rachadinhas" em que seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), está envolvido .
Nesta sexta-feira (19), Ciro Gomes disse que foi informado deste inquérito há dez dias. "Estou pouco me ligando", afirmou. O caso corre na Justiça Federal do DF. O pedetista é alvo do artigo 145 do Código Penal, que trata sobre crime contra a honra.