Na última quarta-feira (03), Paulo Roberto Roveroni, mais conhecido como Paulinho de Deus, diretor da Associação Espírita Beneficente Paulo de Tarso, foi preso de forma preventiva após ser suspeito de estupro de vulnerável . Caso aconteceu em Catanduva, cerca de 390 km de São Paulo e é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher ( DDM ). As informações foram apuradas pelo Metrópoles.
Uma vítima de 25 anos, que não quis se identificar, declarou que sofre abusos desde da infância por Paulinho de Deus . Segundo informações da Polícia Civil, após o religioso ter sido preso, duas mulheres foram até a delegacia para relatar supostos casos de abusos sofridos.
De acordo com relatos da mãe de uma das vítimas, sua filha sofreu abusos do médium dos três aos 23 anos. “O Paulo era uma pessoa considerada de bem e eu jamais desconfiei de qualquer coisa”, disse. Ela conta que a explicação do religioso para seus atos é de que ele precisava tirar espíritos ruins que estavam nela.
“Minha filha sempre teve muitos problemas psicológicos, era uma menina sem amigos e ficava muito retraída e eu não entendia o motivo. Há um ano, ela começou a fazer acompanhamento psicológico e foi depois disso que conseguiu me contar tudo o que havia acontecido durante esses 20 anos”, ressaltou.
Por meio de nota, a defesa do religioso afirmou que as acusações não são verdadeiras e que não retratam a realidade dos fatos. “Em relação à prisão de Paulo Roberto Roveroni, tem-se que, em que pese ele estar preso preventivamente, não há elementos, por ora, que possam imputar a ele a prática de qualquer crime”.
“As acusações que fizeram contra a pessoa de Paulo Roberto Roveroni, além de infundadas, não retratam a realidade dos fatos. No deslinde da ação penal, será demonstrado, através de provas documentais e testemunhais, que referidas acusações foram realizadas com o objetivo de manchar a reputação de Paulo e do Centro Espírita Paulo de Tarso”, dizia a nota.