Em Curitiba desde o final da manhã para acompanhar as medidas sanitárias aplicadas nas salas de aula para a aplicação do Enem, o ministro da educação, Milton Ribeiro, declarou que “não acredita” que a realização do Enem irá piorar a pandemia de coronavírus em curso no Brasil.
"A gente não sabe o futuro, mas não acredito que irá piorar. Não só o Enem [pode piorar a pandemia]. Você andou de avião esses dias? Existe toda uma regra, mas você senta ao lado da pessoa no embarque. O que pensamos é que os cuidados estão sendo tomados. Os portões foram abertos meia hora mais cedo para evitar aglomeração, e não podíamos dispensar o Enem de novo, porque os alunos mais pobres é os que seriam mais prejudicados", declarou o ministro.
Ribeiro usou como argumento a lei 12.711/2012, que reserva 50% das vagas em universidades públicas para alunos oriundos de escolas públicas, e que isso compensaria eventuais problemas de estudantes que tiveram dificuldades em acompanhar aulas remotamente em 2020.
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Sobre o adiamento da prova no estado do Amazonas, Ribeiro falou que “por ordem expressa do presidente Jair Bolsonaro, e sensíveis ao que acontece no Amazonas, nós transferimos as provas para os dias 23 e 24 de fevereiro”. Nesta data, o exame também será aplicado para pessoas privadas de liberdade e para alunos que argumentaram estarem infectados ou com sintomas da Covid-19 neste momento. De acordo com o ministro, 5 mil estudantes fizeram esse pedido.
Ribeiro segue para o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, e almoça com o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), o vice-governador, Darci Pianna, e o secretário estadual de educação, Renato Feder. Depois segue para Goiânia acompanhar o encerramento das provas. À noite, o ministro concede uma coletiva de imprensa em Brasília com um balanço do Enem.