A empresa responsável por fornecer oxigênio
para a rede de saúde do Amazonas
disse, nesta sexta-feira (15), que já havia informado ao governo do estado na semana passada que não teria condições de suprir a demanda de insumos, devido ao alto número de internações de pacientes com Covid-19
. As informações são do UOL
.
Por meio de nota, a White Martins Gases Industriais do Norte Ltda. explicou que o consumo diário de oxigênio no Amazonas saiu de cerca de 30 mil metros cúbicos em 30 de dezembro para perto de 60 mil em 8 de janeiro, chegando a 76,5 mil metros cúbicos atualmente — número que ainda pode aumentar. Entre abril e maio de 2020, no primeiro pico da pandemia, a demanda saiu de 14 mil para 30 mil metros cúbicos em 30 dias.
A produção local da fornecedora, de acordo com os dados apresentados pela empresa ao Comitê de Resposta Rápida - Enfrentamento Covid-19, formado por representantes de governos municipais, estaduais e federal, é de cerca de 28,2 mil metros cúbicos.
Segundo a White Martins, assim que comunicaram sobre o perigo do colapso, o governo do Amazonas iniciou uma força-tarefa para solucionar o problema com o apoio das Forças Armadas para o transporte de oxigênio de plantas da própria empresa em outros estados para Manaus.
No entanto, o Comitê de Resposta Rápida só foi instalado no último dia 12, com o início da cooperação com outros estados para a transferência de pacientes e busca de novas alternativas para trazer oxigênio de outros locais à capital. A fornecedora destacou que a maior dificuldade é a logística de transporte, que necessita de segurança máxima e condições especiais.
A Secretaria Estadual de Saúde emitiu, somente ontem, uma notificação a 11 empresas para requisitar eventual estoque ou produção de oxigênio necessário à utilização na rede de saúde amazonense.