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Reproduçao TV Globo

O supermercado obrigou o casal a mostrar a bolsa para revista na hora do pagamento, na Zona Sul de São Paulo

Em Campo Belo , localizado na Zona Sul de São Paulo , um loja da rede de supermercados Extra obrigou um casal negro a esvaziar a bolsa para ser revistada e encontrou um Bíblia. Nesta quinta (29), a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) informou que investiga o caso. As informações são do G1.

Em entrevista ao portal, Edgar Oliveira de Carvalho, que estava com a esposa no mercado, contou: "A moça me deu o valor, peguei meu cartão pra pagar e ela disse: 'preciso ver tua bolsa'. Eu falei: 'sério?'". 

Já a mulher, Letícia Reis Oliveira de Carvalho, disse que questionou a funcionária sobre o porquê da desconfiança. "Eu perguntei pra ela: 'você tem alguma dúvida se coloquei algo dentro?'. Fiquei sem ação. Me faltou o chão", . Segundo o G1, ela afirmou à caixa do supermercado que só abriria a bolsa na presença da polícia.

Assim que a polícia chegou, Edgar virou a bolsa no carrinho de compras e, dentro, havia uma carteira, uma bolsinha com remédios e uma bíblia. Na ocasião, de acordo com o portal, o policial tentou minimizar a situação. "Não é nada fora do normal. Você está dentro de um estabelecimento comercial", justificou o PM.

No entanto, para o casal, não havia nada de normal naquele ato. "Eu perguntei para o gerente com quantas pessoas eles fizeram aquilo naquele dia", disse Letícia.

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Depois de sair do supermercado, as vítimas foram até a delegacia da região registrar um boletim de ocorrência e, alguns dias depois, procuraram a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga o caso.

O que disse o supermercado

Em nota ao G1, a rede de supermercados Extra disse que condena condutas discriminatórias, e que tomou conhecimento do episódio nesta quinta-feira, quando, imediatamente, acionou a loja, dando início a um processo interno de investigação.

A rede teria dito que possui um calendário de treinamentos, atualizações de procedimentos e formações para todos os funcionários e prestadores de serviço, que incluem o combate ao preconceito.

O Extra afirmou que orienta os consumidores para que acionem o canal de ouvidoria, em casos de denúncias sobre condutas ilegais ou antiéticas.

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