Médica que foi agredida trabalha na linha de frente contra o novo coronavírus.
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Médica que foi agredida trabalha na linha de frente contra o novo coronavírus.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou seis pessoas por terem agredido a médica Ticyana D'Azambuja, no Grajaú, Zona Norte do Rio , em maio. Cinco homens e uma mulher vão responder pelo crime de lesão corporal. As informações são da TV Globo .

Os denunciados são: Rafael Martins Presta; Rafael Del Giudice Ferreira; Rodrigo Lima Pereira; Luis Claudio dos Santos; Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro e Ester Mendes de Araujo.

Todos participavam de uma festa em uma casa na Rua Marechal Jofre no dia 30 de maio, em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro é policial militar e foi afastado das atividades nas ruas em junho.

O PM também é o dono do carro que foi danificado pela médica na ocasião. A investigação do caso na Corregedoria da PM ainda está em andamento.

O promotor responsável pela denúncia, Sauvei Lai, disse ter ficado espantado com longo tempo de duração das agressões.

"O que me causa espanto é que essa briga, essa agressão covarde, pela superioridade numérica, pela quantidade de pessoas contra uma mulher, durou tanto. Essas agressões duraram aproximadamente 10 minutos", contou Lai.

O episódio de agressão ocorreu após Ticyana chegar em casa de um plantão de 24 horas. Ela assumiria outro na mesma noite.

A médica conta que não conseguia descansar por conta do barulho de uma festa que era realizada na mesma rua onde morava.

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Ela disse que já havia feito denúncias sobre eventos anteriores no mesmo local que não surtiram nenhum efeito. Naquele dia, decidiu ir até a residência.

Tyciana tocou o interfone, pedindo que a comemoração parasse, mas não foi atendida.

A profissional de saúde relata então que num “ato impensado” quebrou com um martelo o para-brisas e o espelho retrovisor de um carro que estava na calçada.

Depois disso, contou a médica, alguns homens saíram da casa, dando início às agressões.

Golpe mata-leão

As câmeras de segurança de um hospital no bairro registraram o início do episódio de violência .

As imagens mostram que Ticyana chega ao local correndo, fugindo dos agressores, e pede ajuda para um motociclista que passava pela rua. Ela tenta subir na moto, sem sucesso, e é alcançada por dois homens.

Enquanto ela segura no guidão, o motociclista dá alguns socos no braço de Tyciana e vai embora. Pouco depois, a profissional de saúde desmaia após receber um golpe mata-leão.

As agressões na frente do hospital duraram pouco mais de três minutos e a médica deixa o local carregada no ombro por um dos agressores .

Ela é levada de volta para a casa onde foi realizada a festa clandestina em meio à pandemia de Covid-19.

No caminho, outros homens e uma mulher agridem ainda mais a médica, puxam o cabelo dela e a jogam no chão. A médica teve o joelho esquerdo quebrado e as mãos pisoteadas.

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