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Menos de dois dias após um assalto a passageiros de um ônibus da linha 712 na Avenida Brasil, que culminou com um tiro na cabeça do enfermeiro Luiz Otávio Rodrigues da Silva, de 27 anos , um outro ataque na mesma via deixou um criminoso morto, uma mulher com um ferimento numa das pernas e provocou pânico, na manhã desta quinta-feira.

O assaltante foi morto por um policial que estava dentro do ônibus e disparou contra ele. Ferido, obrigou o motorista Josézimo Soares dos Santos a abrir a porta da frente apontando uma arma. O homem correu, mas caiu a cerca de 50 metros do ponto de ônibus já morto.

O outro assaltante foi pego por passageiros e espancado. Moradores de uma favela próxima pegaram o criminoso e o amarraram machucado num poste. O ônibus da Viação Rio Minho faz o itinerário Nova Iguaçu-Niterói. O motorista contou os momentos de pânico.

"Foi uma manhã de livramento. Infelizmente, o nosso psicológico fica abalado mesmo estando acostumado com a violência no Rio de Janeiro. Foi um livramento não só para mim, mas acredito que para todos os passageiros porque eles entraram no ônibus já anunciando assalto e tocando terror dizendo que se alguém se mexesse iam matar todo mundo. Ouvi tiros e o homem caiu na escada ao meu lado. Apontou uma arma e me obrigou a abrir a porta. Esbarrei nas manetes e as duas portas, a da frente e a traseira, se abriram. Foi quando passageiros começaram a descer do ônibus em movimento. E uma mulher acabou quebrando a perna", contou o motorista, há 40 anos na profissão.

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Ele disse ainda que o outro bandido foi pego por passageiros e por ele mesmo e amarrado.

A Secretaria estadual de Saúde informou que o enfermeiro Luiz Otávio Rodrigues da Silva segue internado em estado gravíssimo no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

Roubos comuns na mira

Após assumir o comando da Polícia Civil, o novo secretário, o delegado Allan Turnowski, afirmou que o combate aos roubos de rua terá ênfase em sua administração. Logo após assumir a pasta nesta segunda-feira, ao ser escolhido pelo governador em exercício Cláudio Castro, Turnowski disse que os crimes que afetam mais o dia a dia da população, como roubos de celulares e em coletivos, estão em sua mira. A decisão é pautada pela observação - desde o ano passado, quando voltou para a corporação - do volume de reclamações sobre esse tipo de ocorrência. Os roubos comuns são maioria entre os que buscam o serviço da polícia.

"A minha prioridade será atacar mais os crimes de rua. São os roubos de celular e de carros, além dos assaltos em coletivos. A polícia, muitas vezes, se preocupa em fazer grandes operações em favelas, mas se esquece de combater os roubos comuns, por achar que são menos importantes, mas não são. É isso que traz a sensação de insegurança. Falta um equilíbrio entre as ações. É isso que quero empregar na minha administração", afirma o delegado.

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