O alemão Klaus Berno Fischer, de 73 anos, preso nesta quinta-feira (13) sob a acusação de produzir filmes pornográficos com crianças e adolescentes, também comandaria um esquema de turismo sexual. Policiais da 35ª DP (Campo Grande), responsáveis pela investigação que levou à prisão e Fischer, acreditam que ele usava sua agência de viagens, em Copacabana, como fachada para trazer alemães ao Brasil para fazerem sexo com menores de idade. Na casa onde funcionava o estúdio de Fischer, descoberto nesta quinta-feira em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio, foram encontrados apetrechos sexuais e brinquedos infantis, como gangorra e balanço.
“A gente acredita que, como a agência de turismo dele está fechada, ele a utilizava para trazer europeus, em especial da Alemanha, para turismo sexual no Brasil, sem fazer alarde para oferecer esse serviço”, explica o delegado Luiz Mauricio Armond, titular da 35ª DP.
As investigações da polícia até o momento mostraram que Fischer prometia presentes, como roupas, brinquedos e dinheiro, para atrair as vítimas.
O alemão foi preso na noite desta quinta-feira num sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense — para onde ele fugiu após a polícia encontrar a casa onde realizava as filmagens. Ele teve a prisão temporária por 30 dias decretada pelo Plantão Judiciário. Segundo a polícia, no momento da abordagem, Fischer tentou fugir e sofreu uma queda , que provocou ferimentos em seu rosto.
A residência onde funcionava o estúdio fica em uma área de mata em frente à comunidade Cavalo de Aço e tem três cômodos adaptados para as filmagens, com paredes cobertas com tecidos com temas infantis.
O local foi descoberto graças à denúncia de duas mães de vítimas que procuraram a delegacia para denunciar que as filhas haviam sido abusadas sexualmente. A mais nova delas tem apenas 5 anos. De acordo com as testemunhas, o alemão gravava as atividades de violência sexual para vender pela internet. Numa parede falsa da casa, foram encontrados 30 mil arquivos criptografados com filmagens de pornografia infantil.