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Mais de um milhão de alunos foram alvo do vazamento de dados

Duas universidades privadas foram alvo, nos últimos dias, de ataques cibernéticos . A Universidade Anhembi Morumbi teve mais de 1 milhão de dados de alunos vazados, e a Universidade Nove de Julho teve sua página hackeada. Os dois episódios reforçam a vulnerabilidade das universidades brasileiras a invasões do tipo e se juntam a uma série de ataques que têm ocorrido desde o ano passado.

O ataque ao sistema do grupo Laureate International Universities, que controla, entre outras faculdades, a Anhembi Morumbi, foi revelado pelo site “TecMundo” e confirmado pelo GLOBO. O banco de dados com informações pessoais, segundo o site, já circulava no mercado de compra e venda desse tipo de informação há pelo menos seis meses.

Na manhã desta quinta-feira (30), a Universidade Nove de Julho também teve seu site invadido. A princípio, o hacker responsável pelo ataque não vazou informações de alunos, mas apenas deixou uma mensagem no site do estabelecimento de ensino. O ataque foi feito por um hacker que se intitula de “elsanninja”, que deixou a mensagem “menos propaganda, mais segurança” na home por algumas horas.

"As redes das universidades, por serem abertas, voltadas para atividades de pesquisa, têm poucas amarras, então é um ambiente propício para esse tipo de ataque porque cria facilidades", afirma Filipe Soares, da HarpiaTech, empresa que monitora hackers.

Soares destacou que as universidades brasileiras estão realizando atualmente diversas pesquisas focadas no novo coronavírus que podem chamar a atenção não apenas de criminosos nacionais como também internacionais. Em julho, o governo dos Estados Unidos acusou dois hackers de terem atuado com apoio da agência de inteligência da China para roubar segredos de empresas de mais de 11 países, entre eles os próprios EUA, Reino Unido e Alemanha.

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