Em assembleia virtual, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ) decidiu nesta quinta-feira que os servidores municipais poderão fazer greve caso sejam convocados pela prefeitura para trabalhar presencialmente nas escolas ou creches.
O tema foi decidido por votação e 83% dos participantes apoiaram a paralisação, que está condicionada ao retorno das atividades presenciais. A assembleia dos servidores estaduais será realizada no sábado.
De acordo com o coordenador do Sepe-RJ Gustavo Miranda, a decisão também vale para as merendeiras. Na última segunda-feira, o prefeito Marcelo Crivella anunciou a volta ao trabalho de 228 merendeiras de escolas municipais, após uma testagem em massa apontar que estas servidoras desenvolveram imunidade para o novo coronavírus.
"A assembleia foi antecipada por conta do anúncio do prefeito de que convocação das merendeiras. Apesar do nosso apelo, a secretária se recusou a voltar atrás na decisão, então decidimos por deflagrar a greve", diz Miranda.
Essa foi a primeira vez que o Sepe-Rio realizou uma assembleia virtual. A adesão foi mais baixa do que o esperado: dos 460 que se cadastraram, apenas 260 conseguiram participar. Miranda aponta dificuldades técnicas como o principal fator para a queda no quórum, que, segundo ele, normalmente fica entre 500 e mil profissionais.
A rede municipal de educação do Rio conta, atualmente, com 39.597 professores e 13.807 funcionários técnicos e administrativos.
O Sepe-RJ ainda não havia notificado a prefeitura sobre o resultado da assembleia até a publicação desta reportagem.