A Câmara dos Deputados proibiu que membros da casa usem dinheiro público, por meio da cota parlamentar que eles ganham, para contratar serviços que geram lucros na internet, como a monetização de vídeos no YouTube ou a contratação de ferramentas de impulsionamento.
A medida foi tomada após alguns deputados usarem a verba de gabinete para divulgar seus vídeos de cunho privado no YouTube, com o propósito de gerar renda para seus canais por meio da monetização que a ferramenta permite. A denúncia foi feita pelo jornal 'O Estado de São Paulo'.
Segundo a reportagem, ao menos 7 deputados estavam usando o dinheiro público para beneficiar seus canais. Um ato da Mesa Diretora da Câmara com a nova regra foi publicado nesta terça-feira (28).
Na lista de deputados que fizeram a manobra, agora proibida, estão Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Flordelis (PSD-RJ) e Joice Hasselmann (PSL-SP).
“Não será objeto de reembolso despesa com a aquisição ou a contratação de serviços utilizados em benefício de contas em sites, redes sociais ou plataformas digitais que resultem em monetização, lucro, rendimento, patrocínio ou receita de qualquer espécie em favor do respectivo parlamentar ou de terceiros”, determina o ato da Câmara.
O Ministério Público pediu junto ao Tribunal de Contas da União a abertura de investigações para apurar o uso de dinheiro público para gerenciar canais no YouTube dos parlamentares.