Recentemente, um vídeo de Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira passou a circular nas redes sociais e nos noticiários. O desembargador , que infringiu o decreto municipal que torna obrigatório o uso de máscara, foi flagrado humilhando o agente da Guarda Civil que o abordou.
O caso que ganhou destaque nos últimos dias não é uma exceção no comportamento do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Eduardo Siqueira possui um histórico de abusos de autoridade , segundo informações do site jurídico ConJur .
A desembargadora Maria Lúcia Pizzoti, que foi colega de Siqueira durante o período em que ela atuava como juíza substituta e ele era juiz titular em Santos, conta que o magistrado é uma “figura desprezível” . Pizzoti revela também que já processou Siqueira por difamação e injúria.
Outro episódio destacado pela desembargadora foi a quebra de uma cancela de pedágio. Sem paciência para esperar, Eduardo Siqueira mandou o motorista do carro passar por cima da cancela. Na época, Pizzoti fez uma representação contra ele, mas o caso foi arquivado.
“Acredito que se houvesse uma postura firme do tribunal anteriormente ele não chegaria nesse ponto de destratar o guarda e sujar a praia”, aponta a mulher.
Segundo outros relatos, Eduardo Siqueira já gritou com uma copeira por querer suco de morango fora da época da fruta. Além disso, o desembargador criticou uma colega de magistratura que questionou sobre o estado de saúde de uma ascensorista grávida. Para Siqueira, essa atitude “rebaixaria a classe dos magistrados”.
O caso de desrespeito frente ao guarda municipal de Santos será apurado pelo Conselho Nacional de Justiça.