Anunciada no mês de abril, uma gratificação de 20% no salário de profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Rio de Janeiro é recebida por membros administrativos do Rio Saúde, mas não chega a alguns dos funcionários de Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) da capital fluminense.
Segundo denúncia dos funcionários de UPAs, membros da sede do Rio Saúde que não têm contato com pessoas contaminadas pela doença, e até mesmo o presidente da organização tiveram o aumento registrado em contracheques, mas eles não.
Com o aumento, o salário do diretor-presidente Marcelo da Silva Roseira chegou a quase R$ 30 mil. Outros funcionários da sede chegaram a ter o montante de R$ 19 mil e R$ 16 mil em um mês.
A lei que autoriza aumento para todos os profissionais de saúde do Rio ainda precisa ser sancionada, mas os repasses da Rio Saúde são feitos com recursos próprios para profissionais. O motivo pelo qual alguns membros de UPAs não receberam o aumento, porém, não foi detalhado.
Em nota, a gestão reconheceu que só repassou a gratificação aos funcionários da sede. Em justificativa, eles afirmaram que gratificação foi dada porque profissionais precisaram assumir gerenciamento de oito projetos emergenciais durante pandemia.