O desembargador Milton Fernandes de Souza mandou intimar, nesta quinta-feira (16), Márcia Oliveira de Aguiar, mulher do ex-assessor Fabrício Queiroz, para comparecer à central de monitoramento no prazo de 24 horas para colocar a tornozeleira. Márcia está desde sábado em prisão domiciliar junto com Queiroz, no apartamento deles na Taquara, no Rio.
A defesa de Márcia afirmou que ainda aguarda a notificação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para colocar o aparelho de monitoramento eletrônico.
O casal — investigado no esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj — obteve habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. O presidente do tribunal, João Otávio de Noronha, responsável pelo plantão judiciário, determinou ainda que as autoridades policiais terão permissão para acessar a residência de Queiroz e de Márcia sempre que necessário e que farão vigilância permanente para impedir a entrada de pessoas não autorizadas. O casal não poderá ter contato com terceiros — salvo advogados, profissionais da saúde e familiares próximos — nem acessar telefones, computadores, internet e tablets.
Márcia estava foragida desde o dia 18 de junho, quando o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, tinha decretado sua prisão e de Queiroz.
Segundo o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que defende o casal, o habeas corpus também foi estendido para Márcia, porque ela também apresenta problemas de saúde. Márcia a teria passado recentemente por uma cirurgia e também estaria incluída no grupo de risco da Covid-19.