Queiroz foi preso na casa do advogado de Flávio Bolsonaro
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Queiroz foi preso na casa do advogado de Flávio Bolsonaro

Após 19 meses da primeira convocação pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), o subtenente da PM Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, prestou na quarta-feira seu primeiro depoimento na investigação que apura o esquema das “rachadinhas” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Queiroz, que cumpre prisão domiciliar, foi ouvido por videoconferência pelos promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc). No entanto, preferiu ficar em silêncio. O ex-assessor é suspeito de ser o operador do esquema de recolhimento de parte dos salários dos funcionários do gabinete em favor de Flávio.

A mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, também foi convocada para depor e permaneceu calada. A primeira vez que Márcia foi convocada pelo MP para prestar esclarecimentos no caso das “rachadinhas” foi há 19 meses, como o marido.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta , que defende Queiroz, afirmou por nota que “não pode comentar nada sobre depoimento sigiloso”. O MP disse, por nota, que “as investigações continuam sob sigilo, razão pela qual não é possível fornecer informações”.

Esse foi o primeiro depoimento de Fabrício Queiroz ao MP desde o início das investigações, em julho de 2018. O MP do Rio tinha notificado o policial para prestar esclarecimentos, pela primeira vez, em 29 de novembro de 2018. A data para comparecimento seria o dia 4 de dezembro do mesmo ano. Desde então, ele começou a pedir o adiamento do depoimento por meio de seus advogados. Nesse estágio da investigação, Queiroz não é obrigado a comparecer.

Ainda sem ter prestado um depoimento, Queiroz já se manifestou por escrito na investigação. Em fevereiro do ano passado, sua defesa, à época, entregou uma petição na qual o PM admitia ficar com parte dos salários de alguns assessores, com a justificativa de que isso servia para que outros funcionários fossem contratados fora do gabinete, sem registro na Alerj, o que é considerado ilegal pela Casa. Na ocasião, Queiroz disse que iria fornecer uma lista com os nomes dos assessores contratados dessa maneira, o que não ocorreu.


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