A posição de Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde está sendo reavaliada pelo governo. Há pressão para que o general, que assumiu o comando da Saúde após a saída de Nelson Teich no dia 15 de maio, vá para a reserva. O Exército Brasileiro busca o afastamento de questões políticas, e Pazuello à frente da Pasta seria um obstáculo.
Conforme apurado pela jornalista Andréia Sadi, da Rede Globo, com aliados do presidente Jair Bolsonaro, Pazuello já tinha sinalizado que pediria reserva no final do mês. Durante o fim de semana, o ministro do STF, Gilmar Mendes, criticou o Exército Brasileiro ao afirmar que militares estariam se associando ao “genocídio” causado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
A declaração de Gilmar Mendes causou desconforto com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Em nota, a Casa afirma que as Forças Armadas atuam diretamente no enfrentamento da pandemia.
“Desde o início da pandemia, o Exército vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros (...). A mobilização desta Pasta começou no dia 5 de fevereiro”, diz o MD, fazendo referência aos 34 brasileiros que foram resgatados de Wuhan (China), primeiro epicentro da pandemia no mundo.