A pandemia do novo coronavírus ainda pode piorar muito se todas as nações não aderirem às precauções básicas de saúde , alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira.
"Deixe-me ser franco, muitos países estão indo na direção errada, e o vírus continua sendo o inimigo público mundial número um", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista virtual da sede do organismo em Genebra. "Se o básico não for seguido, o único caminho que essa pandemia terá é ficar cada vez pior, pior e pior. Mas não precisa ser assim."
Sem citar nomes, Adhanom acrescentou que "mensagens contraditórias dos líderes minam o ingrediente essencial de qualquer resposta: confiança".
Você viu?
O chefe da OMS mais uma vez pediu aos governos que se comuniquem claramente com seus cidadãos e estabeleçam estratégias abrangentes para suprimir a transmissão do novo coronavírus e salvar vidas.
Na mesma entrevista, o diretor de operações da OMS, Michael Ryan, afirmou que vê a possibilidade de adoção de lockdowns rígidos nas Américas. Segundo o epidemiologista, não é realista “erradicar o vírus nos próximos meses” e “nem ter a vacina perfeita”.
As infecções passaram de 13 milhões em todo o mundo, mais uma marca histórica, nesta segunda-feira, de acordo com a contagem da agência da Reuters, aumentando em um milhão em apenas cinco dias. O primeiro caso foi registrado na China em dezembro e o mundo levou três meses para atingir um milhão de infecções.
Os Estados Unidos lideram a lista de infecções e mortes, com 3,3 milhões de casos e mais de 135 mil mortes. A Covid-19 continua se espalhando pelos estados do Sul e Oeste do país, que retomaram as atividades econômicas precocemente. No fim de semana, a Flórida registrou um recorde de casos em apenas um dia.
No Brasil, 1.864.681 pessoas foram infectadas pela Covid-19, incluindo o presidente Jair Bolsonaro , e forama registradas mais de 72 mil mortes. Neste final de semana, o primeiro após a liberação das áreas de lazer, os cariocas desrespeitam uso de máscara.
A Índia aparece em terceiro, com 878.254 casos, seguida pela Rússia, com 732.547 doentes. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, Peru (326.326), Chile (315.041) e México (299.750) tem casos subindo a cada dia.