A Polícia Federal decidiu transferir nesta quarta-feira, da sua carceragem em Brasília para a penitenciária feminina do Distrito Federal, a extremista Sara Fernanda Giromini, presa na última segunda-feira sob suspeita de apoio a atos antidemocráticos . A transferência está sendo realizada na tarde desta quarta, de acordo com fontes que acompanham o caso.
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Giromini, que se autodenomina Sara Winter , foi alvo de um mandado de prisão temporária, cujo prazo é de cinco dias - esse mandado, expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes vence na sexta-feira, caso não haja prorrogação. Por isso, sua defesa havia solicitado que ela fosse mantida na carceragem da PF e argumentou ao Supremo que ela correria riscos caso fosse transferida para a Colmeia. Em seu depoimento, Giromini também afirmou aos investigadores que correria risco se essa transferência fosse efetivada.
A carceragem da Superintendência da PF em Brasília costuma ser usada justamente para presos provisórios e oferece uma estrutura melhor do que a penitenciária feminina do DF, apelidada de Colmeia. A defesa de Giromini afirmou ao STF que ela estaria "jurada de morte" por integrantes de facções criminosas que estão nessas penitenciárias. Por isso, a defesa pediu prioridade no julgamento de um habeas corpus protocolado no STF e que está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia.
"Além de ser ilegalmente encarcerada, corre ainda o risco de perder a vida por tal ato, o que é de uma gravidade sem precedentes na historia do Brasil, haja vista que a ora paciente é uma presa política, por expressar opiniões divergentes daquela entendida pela Autoridade Coatora, em mais um inquérito absurdamente ilegal, do ponto de vista jurídico e constitucional", escreveu a defesa no pedido ao STF.