Carlos Eduardo Amaral, secretário de Saúde de Minas Gerais
Pedro Gontijo / Imprensa MG
Carlos Eduardo Amaral, secretário de Saúde de Minas Gerais

O secretário de Saúde Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, admitiu que mantém um estoque de 150 mil kits de testes para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) para um período "pior" da pandemia de Covid-19 no estado. A declaração foi dada pelo secretário em entrevista ao jornal O Tempo publicada nesta terça-feira (9).

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"Efetivamente, estamos fazendo certo estoque para dias piores, porque sabemos que a tendência é haver mais casos para frente. Os 150 mil testes que compramos foi para ter um estoque regulador. Se houver qualquer problema com o ministério, temos que ter condição de segurar um pouco a barra", afirmou Amaral.

O estoque de testes feito pelo governo mineiro ocorre em meio a um cenário de subnotificação tanto no número de mortes quanto de casos confirmados de contaminações pelo novo coronavírus no Brasil. A preocupação é manifestada inclusive por secretários das áreas técnicas do Ministério da Saúde.

Até agora, Minas Gerais recebeu cerca de 160 mil testes do tipo RT-PCR do Ministério da Saúde, tipo que serve para identificar as contaminações ainda nos estágios iniciais de manifestação dos sintomas da Covid-19.

Além desses, o governo estadual comprou outros 150 mil — 50 mil deles já chegaram a Minas e mais 100 mil estão previstos para daqui a 20 dias. Apesar desse total, os exames realizados pelo governo do estado utilizaram somente os kits disponibilizados pela pasta federal, totalizando 25.034 testes finalizados pela rede pública. Isso sem considerar os 33.586 testes feitos pela rede particular.

Segundo Amaral, a estratégia de reter os testes também se justifica pela escassez de recursos no mundo todo. "No dia 26 de maio, recebemos testes que tínhamos comprado há mais de 60 dias. Não dá para sermos afoitos", disse o secretário.

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