O governo de São Paulo proibirá que manifestações antagônicas aconteçam no mesmo dia e local na cidade de São Paulo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira após atos realizados neste domingo terem terminado em confusão e sido dispersados pela polícia com bombas de gás lacrimogênio.
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"O governo não cerceará o direito à manifestação mas ninguém tem o direito de agredir. Estou em acordo com a prefeitura de São Paulo para que não tenhamos mais duas manifestações no mesmo local, horário e dia", afirmou o governador João Doria .
Doria defendeu que manifestações entre grupos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro ocorram em dias diferentes para evitar confrontos. Ele não comentou a ação da Polícia Militar neste domingo nos atos na Avenida Paulista. Coube ao secretário da Segurança Pública, João Camilo, defender a operação policial.
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"O lado da segurança pública é o da ordem. A Polícia Militar evitou ontem conflitos indesejáveis", disse.
Em suas mensagens diárias, Doria criticou a atitude de Bolsonaro e ter saído às ruas a cavalo. O presidente participou de protesto com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso e compartilhou um vídeo em uma rede social em que aparece passeando a cavalo e acenando a apoiadores. O presidente não usava máscara, como determina o decreto assinado pelo governo.
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"Qual o sentido de desfilar a cavalo? Passeia a cavalo enquanto a pandemia galopa e a crise econômica segue sem rédeas", disse Doria.