Anunciado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro no fim de março, o Hospital de Campanha do Maracanã será aberto neste sábado (9), depois de nove dias de atraso (a previsão era inaugurar até 30 de abril), para atender pacientes com Covid-19 em estado grave. A previsão da inauguração é para a parte da tarde. Na sexta (8), o governador Wilson Witzel (PSC), após reunião de cerca de 1h30 com o ministro da saúde Nelson Teich, informou que o início do funcionamento da unidade hospitalar seria com a capacidade reduzida: apenas 40 dos 400 leitos previstos. A promessa é de que, no domingo (10), sejam 200 e, até o próximo fim de semana, o número total.
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O hospital, que funcionará na área externa do estádio, foi construído em 38 dias. Pela manhã, houve movimentação na porta do complexo. Um fila se formou em uma das entradas com técnicos de enfermagem, enfermeiros e funcionários administrativos que realizarão, ali, treinamento para trabalhar tanto na unidade do Maracanã como nas outras.
Esta é uma das oito prometidas por Witzel em março. O primeiro foi aberto em abril, no Riocentro . A previsão é concluir ainda o do Leblon, com 200 leitos sendo 100 de UTI. A abertura dos outros acontecerá de forma gradativa, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde.
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O governo não divulgou o custo total do empreendimento.
A visita do ministro da Saúde Nelson Teich ocorreu num momento em que o Rio discute a adoção do isolamento total, prática apelidada de lockdown. Mas ela foi descartada pelo governador neste primeiro momento. Segundo ele, a polícia militar irá ajudar os municípios a fazer com que a população cumpra restrições já determinadas.
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Na quinta (7), Witzel recebeu uma recomendação do Ministério Público estadual e da Fiocruz para que o lockdown seja adotado. Ele não acredita ser o momento e admite temer as consequências de seu uso.