O ministro da Saúde, Nelson Teich
, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (27) que nenhuma "medida intempestiva" será tomada contra o isolamento social da população. A medida tem sido tomada pelos governos estaduais como a principal forma de combate à proliferação do novo coronavírus
(Sars-CoV-2). "Não vai existir qualquer medida intempestiva em relação a isso", afirmou Teich.
Essa é a primeira coletiva sob o comando de Teich desde a demissão do então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Junto a ele participaram o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, e o novo secretário-executivo da pasta, Eduardo Pazuello, que substituiu João Gabbardo.
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Durante sua fala, Teich disse que agora é "prioridade absoluta" do Ministério da Saúde garantir a infraestrutura necessária para que as pessoas sejam cuidadas e tratadas da Covid-19 .
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Ao comentar os dados divulgados nesta segunda, o ministro ainda disse que pasta se preocupa com as possibilidades de erro das informações que recebe e que "uma das grandes dificuldades de interpretar qualquer informação é trabalhar a certeza que existe nela".
Ele reforçou que sempre se tenta olhar o que está por trás dos dados, o que está errado, se tem subnotificação ou notificação excedente.
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Ao exibir os gráficos da Covid-19 no Brasil, o secretário Wanderson Oliveira fez uma comparação com o aumento de casos em países como China, Alemanha, Espanha, Itália e Estados Unidos.
A observação dele foi a de que o País está em torno de 42 dias de evolução desde o centésimo caso enquanto os demais países tem tempo maior de circulação do vírus. Nesse cenário, o Brasil está com número de casos confirmados inferior ao das outras nações se forem consideradas as mesmas epidemiológicas.