Doria realizou coletiva de imprensa no início da tarde desta quinta
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Doria realizou coletiva de imprensa no início da tarde desta quinta

O governo do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (19) que “nós estamos em guerra” em referência a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. “É uma guerra que tem que ser vencida com ação, com atitude e com solidariedade”, completou.

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O governador e o prefeito da capital, Bruno Covas, anunciaram no início desta tarde que anteciparão as férias de todos os professores e funcionários da educação para que os estabelecimentos de ensino permaneçam fechados. A nível estadual, 165 mil professores e funcionários serão afetados. 

Igrejas e templos

Doria também informou que recomenda a todas igrejas e templos da capital e região metropolitana que evitem realizar missas, cultos e quaisquer outros tipos de celebração que possibilitem aglomerações a partir desta segunda-feira (23). O governador ressaltou a possibilidade de que sejam usados canais televisivos ou virtuais para estes eventos.

As igrejas e templos, porém, permanecerão abertas e poderão ser frequentadas por fiéis de forma ordenada, limitada e obedecendo o mínimo de três metros de distância entre as pessoas.

Doria ainda se referiu, sem citar nomes, ao pastor Silas Malafaia lembrando de um líder religioso do Rio de Janeiro que se recusou a parar de celebrar seus cultos. Segundo o governador, todos os líderes religiosos com quem o governo entrou em contato compreenderam e aceitaram a medida.

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Transporte

João Doria rechaçou veementemente qualquer possibilidade de fechar estradas e interromper a circulação do transporte público. Ele criticou a interrupção da circulação de ônibus no ABC Paulista e chamou a medida de “precipitada”, lembrando que há trabalhadores que não podem deixar seus postos e que “não é razoável” que eles precisem gastar seus recursos pessoais com táxis ou transporte por aplicativo nessa situação.

“Nós não podemos ter a interrupção de logística e circulação nem de ônibus e nem limitação de acesso seja por aeroportos, portos ou estradas. Sei que a pressão é muito grande, seja da opinião pública ou de setores da sociedade civil, mas isso não pode acontecer. Bloquear estradas, bloquear aeroportos, bloquear portos não significa neste momento uma medida adequada para salvar vidas”, disse.

O governador afirmou ainda que os vagões e as estações de trens e metrôs estão sendo higienizados duas vezes por dia, ao invés de apenas uma, como acontecia antes da pandemia. Ele informou ainda que trens da CPTM e Metrô tiveram nesta semana 35% menos movimento do que na semana anterior e a tendência é que ele caia ainda mais.

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Atuação conjunta

Bruno Covas enfatizou que os governos do estado de São Paulo e da capital estão tomando medidas complementares a fim de minimizar os efeitos da crise.

Doria dirigiu-se às famílias pedindo que “priorizem os pais e avós”. Ele ressaltou que pessoas com mais de 60 anos ou doenças crônicas precisam ficar em casa. E apelou: “Seja solidário e ajude quem mais precisa. Não é a hora de egoísmo”. 

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