O presidente da CPI das Fake News , senador Angelo Coronel (PSD-BA), decidiu, nesta terça-feira (10), acionar a Polícia Legislativa da Casa para identificar os computadores do Senado que foram usados para editar a página " snapnaro " no Instagram. Conforme o Globo mostrou nesta terça-feira, documentos encaminhados pela rede social ao colegiado revelam que a conta foi movimentada pela rede do Senado 95 vezes entre fevereiro e maio de 2019.
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O Facebook, dona do Instagram, forneceu os IPs — espécie de identidade virtual — que foram usados para o acesso de contas denunciadas na CPI das Fake News
em depoimento da deputada Joice Hasselmann
(PSL-SP) em 4 de dezembro do ano passado. A "snapnaro" foi uma delas. Segundo Joice, elas eram usadas para disseminação de fake news e atacar adversários do presidente Jair Bolsonaro
. A expectativa de Coronel é que, com o número de ID (201.54.48.198), a Polícia Legislativa inicie a investigação para chegar ao autor do acesso à conta no Senado.
Poucas horas depois do fim da oitiva de Joice, a conta "snapnaro" foi apagada. A página havia sido criada em maio de 2017. Segundo documento enviado pelo Facebook, o autor se chama Arthur da Motta. A empresa não informou o CPF do usuário, que usou o e-mail [email protected] para criar a conta.
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Foram feitos 95 acessos pela rede do Senado durante os quatro meses citados. Nas publicações apagadas, o perfil divulgava notícias de blogs elogiosos a Bolsonaro e atacava parlamentares que romperam com o presidente. O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) já interagiram com a conta e repercutiram suas publicações.
A lista enviada à CPMI — que traz outros milhares de acessos ao perfil, inclusive em outras cidades, como São Paulo, São Luís (MA), Saquarema (RJ) e Alegre (ES) — não detalha o que o usuário fez ao entrar na conta. Segundo Joice Hasselmann, a página integrava o “SECRETO2 G.O”, um grupo privado de conversas no Instagram do qual participavam outras cinco contas.
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A deputada acrescentou que todas as páginas foram usadas para difamar adversários de Bolsonaro
. Ela própria, depois de romper com o presidente e ser retirada da liderança do governo, virou alvo do grupo. A parlamentar entregou aos colegas cópias de conversas e laudos que atestariam sua autenticidade.