Surto de Coronavírus fez produção de máscaras na China aumentar
Governo da China
Surto de Coronavírus fez produção de máscaras na China aumentar

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta segunda-feira (3) que a quarentena dos brasileiros vindos da região da cidade de Wuhan, na China, foco do surto do novo coronavírus, será provavelmente numa base militar. Mas isso não impedirá, quando necessário, o transporte para um hospital. Ele citou o caso da base aérea de Anápolis (GO), umas das cogitadas para a quarentena. Por ser próxima a Brasília, isso poderia ajudar, por exemplo, o transporte de um paciente para o Hospital das Forças Armadas (HFA), localizado na capital federal.

A nova cepa do vírus, identificado como 2019-nCoV, causa febre e problemas respiratórios, e já matou 425 pessoas, todas na China, à exceção de uma, nas Filipinas. Segundo Mandetta, uma base militar será usada, e não uma instituição civil, por "questão de segurança".

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“Anápolis, no estado de Goiás, tem seus pontos positivos. É uma base mais perto de Brasília, eles têm o Hospital das Forças Armadas. Se tiver um caso que precisa transportar, o transporte aéreo, helicóptero é fácil, é perto. Mas tem também suas desvantagens. É uma base muito ocupada, de intensa atividade”, pondera.

O ministro cogita também usar a base de Florianópolis, por ter mais "tranquilidade". “O que a gente pode garantir é que vamos trabalhar no limite para que não haja nenhum tipo de risco para a população”, disse.

Mandetta disse que não está fechado ainda quais serão todos os procedimentos adotados tanto na quarentena dentro da base, como no eventual transporte para um hospital. Disse que uma equipe no Ministério da Saúde está levantando possíveis cenários, como o de alguém diabético ou que sofra um infarto durante a quarentena. Ele também não vê necessidade de isolamento num hospital.

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“Se essas pessoas chegam normais, por que vai colocar dentro de um ambiente hospitalar?”, questiona. “O que ela precisa é de um isolamento, de um quarto individual. Mas ela não vai estar ligada a soro, a remédio, não vai tomar nada. A gente vai ter que colocar uma televisão, um jogo, revista, palavra cruzada, para a pessoa passar o tempo, se não a pessoa vai se sentindo muito oprimida. E aguardar sintoma. Não tendo sintoma, acabou, não há necessidade de hospital”, disse.

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Mandetta também minimizou a possibilidade de o Brasil ter um surto do novo coronavírus. “Esse vírus vai chegar no Brasil? Acho que sim. Como ele vai se comportar? Se ele replicar o movimento que ele está tendo lá, acredito que não vou ter um número grande de casos. E se tiver, a letalidade tem sido abaixo de 2%”, afirmou.

De acordo com o ministro, "em um cenário realista", o governo tem condições de tratar as pessoas que tiverem casos de maior complexidade. No entanto, o país também está preparando o seu sistema caso haja uma "catástrofe". Para evitar este panorama, Mandetta conta que o mundo inteiro agirá em conjunto.

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“Não é a primeira vez e não será a última que o mundo vai enfrentar uma emergência internacional por um vírus novo. Se o mundo correr com a tecnologia que tem, esperamos que em seis meses, no segundo semestre, a gente já tenha uma vacina”.

O ministro chamou atenção para uma das medidas que evitam o contágio: lavar as mãos. “Brasileiro adora tomar banho, mas lava pouco as mãos”, comentou.

O ministro não deu previsão de quando será publicada a medida provisória (MP) do governo com as regras da quarentena, mas disse que, se possível, sairia já nesta segunda-feira. Ele destacou que a MP vai tratar não só do atual surto de coronavírus, mas de outras situações semelhantes que virem a surgir.

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Números preliminares indicavam que, dos 55 brasileiros na região de Wuhan, 40 queriam vir ao Brasil, 14 preferiam ficar na China, e um estava em dúvida.

Mandetta explicou que apenas os brasileiras vindos de Wuhan precisam ser colocados em quarentena. Para os demais casos, não será necessário tomar a medida. Um dos motivos é que a própria cidade de Wuhan e região próxima estão isoladas do restante do país.

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