Após morte de Paulo Paulino Guajajara, suspeitou-se que ele tivesse sido vítima de uma emboscada
Sarah Shenker/Survival International
Após morte de Paulo Paulino Guajajara, suspeitou-se que ele tivesse sido vítima de uma emboscada

A Polícia Federal (PF) do Maranhão descartou a possibilidade de emboscada ou conflito étnico no assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara , morto no início de novembro de 2019 na Terra Indígena Araribóia, região de Bom Jesus, no Maranhão.

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O não-indígena Márcio Gleik Moreira Pereira também morreu na mesma ocasião. Segundo a PF, as vítimas foram feridas durante uma troca de tiros nas proximidades de Lagoa Comprida. A corporação, no entanto, não esclareceu as circunstâncias do confronto .

Segundo a PF,  quatro pessoas foram indiciadas pelas mortes — a corporação não informou quem são elas. O inquérito policial concluiu ainda que a causa do conflito foi uma motocicleta de um dos não-indígenas que havia sido depredada. Em nota, a polícia chamou o episódio de "lamentável".

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"Ao final das investigações, que contaram, dentre outros elementos, com exames médicos periciais, testemunhos e declarações dos envolvidos sobreviventes, foi possível afastar as hipóteses relacionadas a conflitos étnicos ou mesmo por emboscada de madeireiros a indígenas, tudo convergindo para a conclusão de que o lamentável episódio se originou da troca de tiros motivada pela posse de uma das motocicletas utilizadas pelos não indígenas."

Os quatro indiciamentos foram encaminhados à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal.

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