Adriano Bruno Peregrino da Silva, pai do menino Enzo, esteve no IML nesta quarta-feira
Márcia Foletto / Agência O Globo
Adriano Bruno Peregrino da Silva, pai do menino Enzo, esteve no IML nesta quarta-feira

Adriano Bruno Peregrino da Silva, pai do menino Enzo , de apenas três anos, morto após ser arremessado da janela de um apartamento no Cachambi, na zona norte do Rio, pelo padrasto, chegou ao Instituto Médico-Legal ( IML ), na manhã desta quarta-feira (18), para tratar da liberação do corpo da criança.

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"Entendo e respeito o trabalho da imprensa. Pode fotografar à vontade. Mas eu não quero falar. Minha dor é muito grande. Eu não consigo, me desculpe", desabafou ele, que brigava na Justiça há um ano pela guarda do filho .

O agente funerário que cuida do sepultamento de Enzo disse que no primeiro contato com Adriano, o home caiu em pranto.

"Fui conversar com ele, mas caiu em pranto. Entendo a sua dor. O corpo do filho dele está desde ontem (terça-feira) no IML. Mas o pai só conseguiu ter forças de vir aqui agora pela manhã. Ele está acabado", contou.

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Ainda não há informações sobre o local e o horário do sepultamento do corpo da criança.

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O corpo do assassino de Enzo, o músico Luiz Eduardo Lopo, de 38 anos, também está no IML. Mas, segundo agentes funerários, nenhum parente apareceu para fazer o reconhecimento e a liberação. Luiz pulou da janela do seu apartamento logo após jogar a criança.

A tragédia aconteceu na tarde de terça-feira. A mãe do menino, Camila Cerqueira, contou na terça-feira que desconfiava que o namorado tinha problemas psiquiátricos e negou que ele fizesse uso de qualquer medicação controlada. De acordo com o relato dela na 23ª DP (Méier), o relacionamento com o músico havia comneçado há oito meses.

Surtos do padrasto eram comuns

No local onde aconteceu o crime, os vizinhos dizem que os surtos de eram comuns e que ele fazia uso de drogas. "Era muito agressivo quando estava sob efeito de drogas. A PM já foi acionada várias vezes para cá por conta de escândalos que ele promovia", disse uma mulher.

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Uma técnica de enfermagem que trabalha proximo ao prédio onde tudo aconteceu, viu quando Luiz se jogou da cobertura, no 5° andar: "ele, literalmente, deu um mortal e se jogou de cambalhota".

Ela diz que tentou socorrê-lo, mas o homem morreu na hora: "o rapaz que mora no apartamento ao lado contou que durante a noite foi muita confusão, muita gritaria e barulho de coisas quebrando". Entre os objetos lançados por Luiz, havia um pote contendo um pó branco.

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