O traficante libanês Joseph Nour Eddine Nasrallah, o único estrangeiro na lista do Ministério da Justiça como um dos mais procurados do Brasil, foi preso nesta sexta-feira (18) em Campinas, no interior de São Paulo. “Sheik”, como ficou conhecido após a construção de uma mansão de R$ 40 mi em Valinhos (SP), estava foragido desde 2017 por lavagem de dinheiro, sequestro, associação criminosa e comércio internacional de drogas.
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Durante uma investigação sobre tráfico de drogas e porte de armas na comunidade de Paraisópolis (SP), a polícia obteve a informação de que havia uma negociação para abastecimento de cocaína na região. O setor de inteligência, então, identificou Sheik como provável líder da negociação.
O traficante foi preso em um hotel de luxo, à beira da Rodovia Anhanguera - na região de Campinas - onde vinha se escondendo da polícia. Ao descobrirem a localização do traficante, policiais civis da delegacia do Morumbi (SP) se hospedaram na mesma instalação. De acordo com os investigadores, Sheik foi abordado no lobby e não resistiu à prisão. A polícia ainda informa que, por conta do ataque em Viracopos e o reforço da presença de autoridades federais na região, o traficante já se preparava para deixar o hotel.
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Sheik já esteve atrás das grades entre 2007 e 2013, por exportação de cocaína em navios cargueiros para Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Suíça e países do Oriente Médio. Ainda em 2013, conseguiu um habeas corpus do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, e foi liberado. Três anos depois, retornou à cadeia por sentença confirmada em segunda instância.
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Marco Aurélio interveio, ordenando que Sheik fosse solto novamente pois “a decisão não havia sido julgada”. Mesmo após a anulação da liminar do ministro, Sheik fugiu dos radares das autoridades até 2019