O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos por estupro , teve sua prisão domiciliar revogada após uma perícia apontar que, apesar de ter uma doença cardíaca, ele pode ser tratado na prisão. Ele retornou à Penitenciária de Tremembé após três anos cumprindo sua pena em casa.
A decisão foi tomada pela juíza Andréa Barreira Brandão, da 3ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de São Paulo. Roger Abdelmassih
foi para a prisão domiciliar em 2017 após um
laudo atestar sua doença.
Contudo, um livro, publicado pelo ex-detento Acir Filló, citava uma trama para fraudar resultados clínicos na penitenciária de Tremembé, onde Abdelmassih voltará a cumprir pena.
A fraude era feita para obter na Justiça o direito à prisão domiciliar. Filló afirmou que o médico Carlos Hasegawa, outro delegado em Tremembé, teria administrado remédios para aumentar a pressão arterial de Roger artificialmente.
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Após a publicação, o Ministério Público pediu para que Roger Abdelmassih fosse recolhido ao Hospital Penitenciário , em ambiente controlado, onde ficasse isolado até a realização da perícia médica.
A perícia apontou que, embora Roger tenha de fato uma doença cardíaca, o local onde ele cumpre a pena não deverá piorar essa condição.
Roger Abdelmassih era um médico renomado na área de reprodução assistida mas, a partir de 2008, foi alvo de uma séire de acusações de abuso sexual . Dois anos depois, ele foi condenado a 278 anos de prisão. Em razão da prescrição de alguns crimes, a pena foi reduzida a 181 anos.
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Roger Abdelmassih , no entanto, só começou a cumprir sua pena em 2014, quando foi localizado em Assunção, no Paraguai.