O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou neste domingo (25) que a Polícia Federal (PF) vai investigar integrantes de um grupo que teria planejado atear fogo em áreas de floresta entre os municípios de Altamira e Novo Progresso, sudoeste do Pará. O caso ocorreu no último dia 10 de agosto, data que chegou a ser batizada por produtores rurais da região como "Dia do Fogo", e foi denunciado em uma reportagem da revista Globo Rural.
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"Fui contatado hoje mesmo pelo PR Jair Bolsonaro sobre o fato e solicitando apuração rigorosa. A Polícia Federal
vai, com sua expertise, apurar o fato. Incêndios
criminosos na Amazônia serão severamente punidos", afirmou o ministro pelo Twitter.
Segundo a matéria, mais de 70 pessoas, entre sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros combinaram, por meio de um grupo de WhatsApp, incendiar as margens da BR-63. A rodovia liga a região do Pará aos portos fluviais do Rio Tapajós e ao estado de Mato Grosso.
A reportagem também foi compartilhada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em que ele reforça a determinação do presidente Bolsonaro para uma "investigação rigorosa" e punição dos responsáveis pelos incêndios criminosos.
De acordo com a assessoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a apuração da PF deve se concentrar sobre o caso denunciado na matéria da revista Globo Rural.
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MPF no Pará apura denúncia
Na última quinta-feira (23), o Ministério Público Federal (MPF) no Pará informou que está investigando o aumento de queimadas na mesma região, incluindo uma denúncia semelhante de incêndios criminosos. De acordo com o MPF, o procurador da República Paulo de Tarso Moreira Oliveira apura a convocação divulgada em jornal de Novo Progresso, supostamente por fazendeiros, para um “dia do fogo”, em que os produtores rurais incendiariam grandes áreas de floresta. O dia previsto para a manifestação também seria 10 de agosto.
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Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectaram aumento significativo de queimadas no dia 10 de agosto, com o registro de 124 focos de incêndio, aumento de 300% em relação ao dia anterior. No dia seguinte, foram registrados 203 focos. Em Altamira, foram detectados 194 focos em 10 de agosto e 237 no dia 11, um aumento de 743% nas queimadas.