O Tribunal de Justiça de São Paulo anulou nesta quarta-feira o julgamento de um ex-policial militar e um guarda civil acusados de participar da maiorchacina da história do estado. Em agosto de 2015, uma série de ataques a tiros deixou 17 mortos e sete feridos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.
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O primeiro julgamento dos acusados da chacina ocorreu em setembro de 2017. Dois anos depois, quatro pessoas foram condenadas a penas que, somadas, chegavam a 604 anos de prisão. Nesta quarta-feira (24), ao analisar recurso dos quatro réus, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal decidiram anular a condenação de dois deles.
Terão que passar por um novo julgamento: o ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos, que havia sido condenado a 119 anos de prisão, e o guarda civil Sérgio Maranhã, que deveria passar cem anos presos. Os desembargadores entenderam que as provas contra os dois agentes de segurança são insuficientes.
O novo júri ainda não foi marcado, e os réus devem continuar presos enquanto aguardam a nova data. No julgamento de quarta-feira, o TJ não alterou as penas contra os outros dois acusados, também ex-PMs: Fabrício Euletério, condenado a 255 anos, e Thiago Henklain, a 247 anos.
Segundo o Ministério Público (MP), as mortes ocorreram após o assassinato do policial militar Admilson Pereira de Oliveira, em 8 de agosto de 2015 em Osasco, e do guarda-civil Jeferson Luiz Rodrigues da Silva, em Barueri no dia 12 de agosto daquele ano.
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A investigação tentou comprovar que os agentes de segurança acusados da chacina trocaram mensagens de celular em que falavam sobre vingar a morte dos colegas.