Protesto foi realizado por ocupação do MST na cidade de Valinhos, interior de São Paulo
MST / Reprodução / Twitter
Protesto foi realizado por ocupação do MST na cidade de Valinhos, interior de São Paulo


A Polícia Civil prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (18), em Valinhos, no interior paulista, um homem suspeito de ter provocado a morte de um idoso, após ter jogado seu carro contra pessoas que participavam de um protesto organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela manhã.

O nome e a idade do suspeito preso ainda não foram divulgados pela polícia. A vítima do atropelamento foi identificada como Luiz Ferreira da Costa, de 72 anos, integrante do MST . Ele participava de um protesto na frente do Acampamento Marielle Vive, na Estrada do Jequitibá, na altura do km 7, quando um homem, que vinha em alta velocidade, jogou sua caminhonete contra os manifestantes. O objetivo do protesto era pressionar a prefeitura de Valinhos para fornecer água ao acampamento.

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Segundo a prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública, um homem de 59 anos, que fazia imagens do protesto, também ficou ferido no atropelamento. De acordo com a secretaria, o caso ocorreu por volta das 8h, quando um trecho da via foi bloqueado nos dois sentidos por causa do protesto, e um homem, em uma camionete preta, furou o bloqueio no sentido Itatiba, vitimando Luiz Ferreira da Costa. O local foi periciado e foram requisitados exames no Instituto Médico Legal (IML) para as duas vítimas. O caso está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de Valinhos como homicídio simples e lesão corporal.

Em nota, a prefeitura de Valinhos lamentou a morte do manifestante e informou que tinha começado a fornecer água potável para os moradores do acampamento nesta semana, abastecendo as caixas das casas existentes no local. De acordo com a nota, o Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos providenciou a compra de um reservatório com capacidade para 10 mil litros de água, que será instalado no acampamento na próxima semana. 

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O MST informou que mais de mil famílias vivem no acampamento, que existe desde o dia 14 de abril do ano passado na Fazenda Eldorado. Em nota publicada nas redes sociais, o movimento exige “punição imediata” do assassino.

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