Suplicy estava a caminho da praia quando soube que manifestantes protestariam contra violência policial no Rio
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Suplicy estava a caminho da praia quando soube que manifestantes protestariam contra violência policial no Rio

Enquanto os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), realizavam um ato em Copacabana , na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (26), algo inusitado acontecia a cerca de dois quilômetros dali, em Ipanema. O fato, que envolve o vereador paulista Eduardo Suplicy (PT) ganhou a atenção dos internautas na manhã desta segunda-feira (27).

Acontece que o petista estava a caminho da praia quando soube que um outro grupo de manifestantes protestariam contra a violência policial no Rio de Janeiro. Engajado com a causa, Suplicy foi ao ato do jeito que estava vestido: só de sungas – no caso, vermelhas.

Organizada por moradores das favelas e periferias do Rio de Janeiro , a  manifestação "Parem de nos matar" foi uma tentativa de protestar contra as ações truculentas que a Polícia Militar tem realizado com essa população.

O governador Wilson Witzel (PSC), que recentemente deu declarações defendendo o abate de pessoas portando fuzis, foi o principal alvo de críticas. O ato contou com o apoio de cerca de 80 movimentos sociais.

Os manifestantes exigiram "o fim das políticas públicas de ocupações e intervenções policiais e militares nas áreas residenciais que continuam nos matando e aos nossos familiares e amigos."

Em um evento no Facebook, os organizadores ressaltavam que a data escolhida nada tem a ver com as manifestações pró-Bolsonaro, e sim com o aniversário de um mês do falecimento do gari William Mendonça dos Santos, que foi morto pela polícia com dois tiros na favela do Vidigal, e pela morte do música Evaldo Rosa dos Santos e o catador de papel Luciano Macedo, que foram mortos com 80 tiros de fuzil. A descrição do evento também cita o falecimento do estudante Lucas Brás, de 17 anos, com um tiro nas costas.

"Todos assassinados pelo estado do seu País. Dezenas de tiros saídos das armas daqueles cujo juramento e dever é proteger e servir os cidadãos brasileiros. Polícia e exército existem para garantir a segurança e a integridade física dos cidadãos, nunca para os matar", diz a publicação, que completa: "O ato vem sendo planejado há um mês e não tem qualquer relação com outras manifestações que possam vir a ocorrer na mesma data."

Leia também: Bolsonaro inicia busca por trégua após inflamar manifestações contra o centrão

Além de Suplicy , estavam presentes no ato os familiares de algumas vítimas da violência no Rio, como Marinete Silva, mãe da vereadora assassinada em março de 2018, Marielle Franco (Psol).

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